Definimos os lugares de adoração. O "templo" é onde se adora. O momento da música é o momento de adorar a Deus. E a consciência de uma geração ainda está presa a isso. Os dias de cultuar são aqueles em que a igreja está aberta. O lugar de cultuar são apenas as construções a que demos o nome de casa de Deus. Como se Deus morasse em casas de tijolo, como se Ele estivesse restrito a um único lugar.

Fazendo isso, estamos seguindo o caminho inverso ao de Jesus. Todo mundo já conhece João 4:20-21, mas quase ninguém internalizou o que Jesus tá falando. A mulher perguntou onde devia adorar, se no monte ou no templo de Jerusalém. Jesus responde que o culto não está mais restrito a este ou aquele lugar. A adoração é uma postura, um modo de vida rendido a Deus, que deve ser verdadeiro e partir da sua essência, do seu espírito. 

Diferente de nós, Jesus não definiu lugares para a adoração. Não restringiu. O que importa é com qual postura você adora, não o lugar ou a forma. Ele não colocou a adoração numa caixa. Ele mostrou que qualquer lugar, qualquer hora, qualquer dia é momento de adoração. 

Em si mesmo, nenhum lugar é mais sagrado que outro. Na verdade, é você quem sacraliza os lugares. Você quem os separa para Deus. Falando numa perspectiva de adoração individual, o ônibus que você pega todos os dias é lugar de adoração, seu banheiro é lugar de adoração, a empresa onde você trabalha é lugar de adoração. Uma prisão é lugar de adoração. Sua casa é lugar de adoração. A rua é lugar de adoração. Um parque é lugar de adoração. Um monte é lugar de adoração. E Deus não vai se fazer presente mais ali ou aqui exclusivamente por causa do lugar. Numa perspectiva comunitária, onde quer que 2, 3 ou mais se reúnem com a intenção de cultuar, ali Jesus está presente, seja um "templo", um shopping, uma sala na faculdade ou a céu aberto.

Deus é onipresente. E isso significa que Ele está presente em todos os lugares. Qualquer lugar é lugar de você se encontrar com Ele.